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Folha de S.Paulo
Terça-feira, 15 de setembro de 2020
folhajus
Olá,
 
Bem-vindo a mais uma edição da FolhaJus. Nesta segunda-feira (14) tivemos nossa primeira live na qual os convidados falaram sobre mediação online e apontaram que esse meio de resolução tem ganhado força com a pandemia. Confira o vídeo completo do debate.
 
Destaque hoje para reportagem sobre o uso de novas tecnologias no atendimento das defensorias e o alerta de pesquisadores sobre o risco de que o acesso ao serviço seja prejudicado a uma camada da população sem internet.
 
Vale também a leitura de reportagem sobre a justificativa usada pelo governo federal para não incluir cargos de outros Poderes, como juízes e procuradores, na reforma administrativa.
 
Contamos com a sua opinião sobre este boletim, envie suas críticas e sugestões para folhajus@grupofolha.com.br.
 
Boa leitura!
reportagens da semana
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Atendimento jurídico virtual atinge baixa renda, mas liga alerta sobre exclusão digital
O uso de ferramentas tecnológicas como assistentes virtuais para agendamentos e até sistemas que preparam petições à Justiça já pode ser encontrado no atendimento jurídico às pessoas de baixa renda realizado pelas defensorias públicas. 
 
As defensorias dos estados de São Paulo e do Ceará são exemplos de instituições que, impulsionadas pela pandemia, lançaram assistentes virtuais de atendimento no último mês. Outro exemplo é um projeto que está em fase final aprovação e que envolve a Defensoria Pública da União (DPU). O protótipo automatizou as fases para preparação de petições à Justiça para obtenção de auxílio emergencial.
 
Apesar de representar um avanço, a adoção das ferramentas digitais também traz questionamentos de pesquisadores sobre se o uso desse tipo de tecnologia nas triagens iniciais não vai afetar a chegada de determinados públicos à defensoria.
https://f.i.uol.com.br/fotografia/2020/02/17/15819755805e4b081c0712a_1581975580_5x2_th.jpg
Governo poupa juízes e procuradores de reforma por decisão política, dizem especialistas
Na apresentação da proposta de reforma do serviço público, o Ministério da Economia disse que não poderia partir do Poder Executivo a proposição de novas regras para carreiras de outros Poderes, o que inclui juízes, desembargadores, procuradores e promotores. Com a decisão, a proposta do governo alcança servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário, mas não atinge os cargos considerados da elite. Por exemplo, haveria efeito para a carreira de analista do Judiciário, mas não para juízes.
 
Folha ouviu ex-membros do governo, um procurador e advogados especializados em direito administrativo. Todos afirmam ser equivocado o argumento de que o presidente da República não tem autonomia para propor mudanças que afetem membros de outros Poderes.
 
De acordo com o professor da FGV Carlos Ari Sundfeld, o presidente tem autonomia para sugerir uma PEC que alcance membros de outros Poderes. As únicas restrições são emendas que tendam a abolir a federação, o voto direto, a separação de Poderes e os direitos e garantias individuais. Para o pesquisador, nenhuma dessas hipóteses se enquadraria na reforma administrativa. Leia a reportagem completa.
Salários vitalícios ainda beneficiam Judiciário e cargos nos estados
STF tem barrado pensões vitalícias a ex-governadores; propostas no Congresso contra o benefício há anos não avançam
https://f.i.uol.com.br/fotografia/2020/09/14/16000965945f5f89525d49f_1600096594_3x2_th.jpg
Novo presidente do STF, Fux evita polêmicas como drogas e aborto e pauta divisão de royalties para julgamento
Um dia após tomar posse como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luiz Fux divulgou a pauta de julgamentos do plenário da corte até o fim deste ano. O ministro evitou levar para análise conjunta da corte processos que discutem a descriminalização das drogas, do aborto e a implementação do juiz de garantias.

Por outro lado, priorizou questões de impacto financeiro e marcou para 3 de dezembro o julgamento da ação que trata da distribuição dos royalties do petróleo entre os entes da federação.

Para 19 de novembro, Fux marcou a discussão da ação que trata do contrato de trabalho intermitente, autorizado pela reforma trabalhista. Em 1º de outubro, está previsto julgamento da ação que questiona a reforma do ensino médio, aprovada pelo Congresso em 2017.

Em 30 de setembro, por sua vez, haverá um julgamento muito esperado, que trata do direito ao esquecimento. O caso concreto a ser analisado é um recurso movido por irmãos de Aida Curi, assassinada em 1958 no Rio de Janeiro e retratada em programa da Rede Globo em 2004.
lives da folhajus
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Uso da mediação online para resolver problemas jurídicos tende a crescer, dizem especialistas
Participaram da live Juliana Loss, coordenadora de mediação da FGV, Renato Cury, presidente da AASP e Ricardo Quass Duarte, sócio do escritório Souto Correa
Calendário
28/9: Democratização da tecnologia jurídica
 
19/10: Aplicativos jurídicos e a uberização da advocacia
destaques
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Entenda suposto esquema de desvios no Sistema S que tornou réus dois advogados de Lula
Operação investiga um suposto esquema de tráfico de influência no STJ e no TCU; parte da apuração foi baseada na delação de Orlando Diniz, presidente da Fecomercio, Sesc e Senac Rio por quase 20 anos e preso em 2018
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Bretas será julgado por participar de ato político com Bolsonaro; investigação foi determinada em fevereiro pelo hoje presidente do STJ, Humberto Martins
Advogados apostam em anulação de operação, e Lava Jato prepara nova ofensiva
Discussão de competência em tribunais superiores e postura de Gilmar Mendes são considerados trunfos por acusados
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Lava Jato quer tirar meu foco da defesa de Lula, diz Cristiano Zanin após ser alvo de operação
Lula é denunciado pela Lava Jato sob acusação de lavagem de dinheiro por meio de instituto
É a quarta denúncia contra o ex-presidente pela força-tarefa no Paraná
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Estoque de processos contra Deltan dá fôlego a novas punições em conselho do Ministério Público
Celso de Mello determina depoimento presencial de Bolsonaro sobre acusações de Moro
Procurador-geral da República havia defendido que presidente respondesse às questões por escrito
Luís Felipe Salomão
Antecipar cota financeira para negros pode gerar boicote de partidos, diz novo corregedor do TSE
Em entrevista à Folha, Salomão afirma temer 'efeito reverso' de decisão do STF
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Lewandowski seguiu colegas do STF ao derrubar decisão do TSE e fixar cota para negros já nesta eleição
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Parecer será votado nesta quinta-feira (17) em comissão e pode ir a plenário na semana que vem
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comentário do fred
Frederico Vasconcelos
Frederico Vasconcelos
Fantasias e pesadelos no Supremo
"Sonho não morre", disse Luiz Fux, na posse. Difícil realizar suas metas: deter a corrupção, evitar a subserviência e transformar o STF numa corte uníssona, sem política, onde “reine harmonia interna”.

O The Intercept Brasil revelou excessos da Lava Jato. Fux tem a imagem de juiz confiável para a força-tarefa esvaziada ("In Fux we trust"). Mas quem denuncia ou arquiva investigações é o PGR.

Ministros parecem julgar como se fossem abater inimigos. Gilmar e Lewandowski desenterraram antigos pleitos de doleiros e anularam sentenças de Moro. Gilmar autorizou julgamento de Deltan no CNMP, desfazendo liminar do decano. Um mês antes, a União fora condenada a indenizar Deltan porque Gilmar teria chamado procuradores  de "cretinos, desqualificados, covardes, gângsters etc."

Fux falou em subserviência diante do antecessor, que disse não ter visto ato antidemocrático de Bolsonaro. Aras disse a Fux que também pratica artes marciais. Afago ou desafio ao lutador de jiu-jitsu? Desconfortável com a máscara anti-Covid durante a sessão, Bolsonaro pode esvaziar o discurso de Fux nas indicações para o STF.
em debate
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Rubens Glezer
Momento histórico coloca fardo pesado sobre ombros de Fux no comando do Supremo
STF tem sido cada vez mais percebido como uma instituição muito mais política do que técnica
Heloisa Estellita, Orlandino Gleizer
A investigação penal de insuspeitos
STJ fere direitos ao exigir coleta massiva de dados
Maria Inês Fornazaro
Código de Defesa do Consumidor é avanço civilizatório e deve ser defendido
Ao completar 30 anos, regramento é compromisso constante com a cidadania
dicas da semana
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Renato Opice Blum
Advogado e Economista. Patrono regente do curso de pós-graduação em direito digital e proteção de dados da Escola Brasileira de Direito (EBRADI)
  • Livro da sua vida: Bíblia
  • Livro que estou lendo: "Arrume a sua Cama", de William H. McRaven
  • Um podcast: Opiceblum Cast
  • Quem seguir nas redes: @PrivacyPros e @noomisoficial (CIAB Febraban)
  • Uma ferramenta: "To do list"
calendário
Lives: "30 anos do Código de Defesa do Consumidor"
Evento em homenagem à advogada Ada Pellegrini Grinover
15 de setembro a 20 de outubro
OAB Nacional
Lives: "A LGPD - Impactos Trabalhistas e Associativos
15 e 16 de setembro
Enamatra e Anamatra
Congresso: "I Congresso Nacional de Coaching Jurídico"
16 de setembro
OAB Nacional
Live: "ACESSO À JUSTIÇA EM TEMPOS DE PANDEMIA NA VISÃO DA ADVOCACIA"
22 de setembro
AASP
fique por dentro
colunas e blogs
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Eu faço uma aposta com Fux
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As novas ações contra a corrupção
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Fux chega ao topo com a advocacia sob a vara da Lava Jato
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Constituição acima de tudo
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Não há justificativa razoável para deixar os magistrados de fora da reforma administrativa
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