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Segunda-feira, 1º de abril de 2024
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Uma leitura de 5 minutos para entender o golpe de 1964, a ditadura militar e seus efeitos no Brasil de ontem e hoje.
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O golpe de 1964 repercute na sociedade brasileira até hoje. Nesta edição, explicamos como e por que é preciso lembrar a história do evento 60 anos depois.
Para começar, o que foi o golpe? O movimento que derrubou o então presidente João Goulart e levou os militares ao poder. Sim, ele foi militar, mas teve apoio de políticos e de parte da sociedade civil.
Conhecer os personagens da época ajuda a entender o que aconteceu. Por isso, texto na Folha lista 11 nomes relevantes do golpe. A articulação não se restringiu apenas a figuras brasileiras, como lembra o colunista Elio Gaspari.
Quatro dias definiram a tomada do poder pelos militares. Lembramos os dias e o que aconteceu em cada um deles:
- 30 de março: Jango discursa para suboficiais e sargentos das Forças Armadas na Cinelândia, reafirma a necessidade das reformas agrária, tributária e eleitoral.
- 31 de março: Um levante militar contra o então presidente parte de Juiz de Fora rumo ao Rio. No fim do dia, o chefe do Exército em SP decide aderir ao golpe.
- 1º de abril: As tropas do Rio se unem ao motim, e Lincoln Gordon, embaixador americano, anuncia a Washington que "a revolta democrática está 95% vitoriosa". Jango deixa Brasília.
- 2 de abril: O presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, é empossado presidente e recebe "calorosos votos de felicidade" dos EUA. Jango pede asilo ao governo uruguaio.
Aqui, explicamos com mais detalhes os acontecimentos dos quatro dias, a conspiração entre políticos e militares e a participação dos Estados Unidos na tomada do poder.
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E a imprensa? A maioria dos jornais, entre eles a Folha, apoiou o golpe, depois criticando a ditadura e se penitenciando pelo apoio. O jornalista Oscar Pilagallo explica aqui o papel dos veículos de comunicação na queda de Goulart.
E o Judiciário? O STF (Supremo Tribunal Federal) deu aval ao golpe. O evento que depôs Goulart, por exemplo, teve participação de presidente da corte. A repórter Angela Pinho explica aqui como o verniz jurídico usado em 1964 inspirou a tentativa de golpe de Jair Bolsonaro.
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Em ambos os casos, conspiradores usaram estratégia comum, avaliam estudiosos do período: a tentativa de dar aparência de legalidade a uma quebra da ordem constitucional.
Resultado: milhares de opositores do regime militar foram presos, torturados e perseguidos.
- Desde 1995, o governo brasileiro reconheceu oficialmente a responsabilidade do Estado em 356 casos de pessoas mortas ou desaparecidas durante o período;
- Outros 113 casos não foram reconhecidos, por falta de informações seguras sobre as vítimas ou de evidências que permitissem responsabilizar o aparelho repressivo da ditadura pelas mortes.
60 anos depois…
…a ditadura militar ainda repercute na política brasileira. Em março, o Painel, da Folha, revelou que o presidente Lula (PT) orientou seus ministros para que não realizassem eventos oficiais em memória do golpe. Perguntamos à repórter Danielle Brant sobre o pedido do petista e as reações a ele.
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A atitude de Lula (PT) foi criticada por aliados. O ex-presidente do PT Rui Falcão disse a José Múcio Monteiro discordar do mandatário. "A gente não pode apagar a memória", afirmou.
↳ O veto imposto pelo petista a eventos oficiais relativos aos 60 anos do golpe militar foi aprovado por 59% dos brasileiros; 33% dizem que ele agiu mal, segundo pesquisa Datafolha.
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