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Segunda-feira, 20 de junho de 2022
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Privatização, alta na tributação sobre lucros de petrolíferas, revisão da política de preços, CPI para investigar a cúpula da empresa.
Essas são algumas das medidas citadas por membros do Planalto e do Centrão como retaliação à Petrobras depois de um novo reajuste sobre os preços da gasolina e do diesel.
O que explica: o aumento em meio às tentativas do governo e do Congresso de suavizar os preços dos combustíveis em ano eleitoral enfureceu o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Eles criticaram a estatal em público e pedem a renúncia do seu presidente, José Mauro Coelho.
Petrobras contra a parede. Veja algumas das propostas articuladas pelo governo e pelo Centrão para pressionar a companhia:
- CPI: Bolsonaro defende uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar presidente, diretores e integrantes do conselho de administração da Petrobras e disse que o valor de mercado da estatal cairá mais R$ 30 bilhões nesta segunda.
- Encargos sobre exportações: a ideia de aumentar a tributação sobre lucros extraordinários de petrolíferas foi citada por Lira. Ela deve vir junto de uma autorização para que as despesas financiadas com essas receitas fiquem fora do teto de gastos. O setor de óleo e gás é contra.
- Política de preços: Discussão de proposta legislativa para rever a política de paridade de importação da companhia (que simula quanto custaria para trazer o produto do exterior). A pressão por interferências na estatal acendeu um alerta entre os acionistas minoritários.
- Privatização: o governo trabalha em um projeto de lei em que a desestatização seria feita por meio da conversão de ações preferenciais da companhia (sem direito a voto) em ações ordinárias (com direito a voto), o que tiraria da União o controle da empresa.
Leia mais sobre a guerra Petrobras x governo:
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Com a Selic a 13,25% ao ano e o BC indicando que pode subir ainda mais a taxa básica de juros, os títulos de renda fixa figuram entre os investimentos favoritos dos brasileiros.
Por mais que os analistas concordem que esses são os ativos do momento, eles recomendam que os investidores não deixem de lado a velha máxima da diversificação.
O que dizem os especialistas: com uma inflação ainda disseminada pela economia, títulos públicos e privados indexados ao IPCA, que oferecem um retorno real (acima da inflação) de 5% até 7% ao ano estão entre os papéis mais recomendados.
- Assim como os analistas alertavam durante o cenário de baixa nos juros e alta nos ativos de maior risco, a estratégia de não colocar todos os ovos na mesma cesta também vale para o momento atual.
- Desde que o investidor tenha visão de longo prazo e estômago para aguentar a volatilidade que vem por aí, ações, fundos imobiliários e investimentos no exterior não devem ser rifados dos portfólios.
Mais sobre mercado financeiro:
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Startup da Semana: 🚜 Agrotools
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O quadro "Startup da Semana" traz às segundas o raio-x de uma startup que recebeu aporte recentemente.
A startup: fundada em 2007, a agritech (startup do agro) diz conectar as companhias dos grandes centros ao que acontece no campo por meio do maior banco de dados do agro do mundo.
Em números: a empresa fechou uma captação de US$ 20,9 milhões (R$ 107 milhões), sendo avaliada em US$ 94 milhões (R$ 482 milhões).
Os investidores: o aporte foi liderado pelo Inovabra (fundo do Bradesco) e pela KPTL.
Que problema resolve: a Agrotools abastece seu banco de dados a partir de registros feitos por satélites. Ela oferece serviços –como monitoramento de risco– para quem financia o agro, para empresas que querem garantir a origem da sua cadeia de fornecimento e para tradings que buscam mercado para seus produtos.
Por que é destaque: a agritech realizou a maior captação no país na última semana e a segunda maior da América Latina –atrás da colombiana Habi, que levantou US$ 75 milhões.
Para onde vai o dinheiro: os recursos vão para expansão da startup na América Latina, fazer aquisições e ainda para aumentar o número de funcionários, informou a Agrotools.
Histórico de aportes: a startup já havia realizado uma captação de R$ 15 milhões em 2020.
Mais números: a agritech diz atender companhias de quatro países, monitorar mais de 200 milhões de hectares e cerca de 60% do abate de gado no Brasil.
Principais clientes: vão de redes multinacionais como McDonald’s, Carrefour, Nestle, Walmart, JBS, BRF, Cargill, a instituições financeiras como XP, Itaú, BTG Pactual.
A semana em resumo
Foram 15 rodadas de captação feitas na América Latina, com US$ 126 milhões (R$ 646 milhões) em investimentos. A Colômbia foi o destaque, com US$ 81,5 milhões (R$ 418 milhões) captados em três rodadas.
Os dados são fornecidos pela plataforma Sling Hub.
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Na acirrada corrida pelo consumidor, ter a entrega mais rápida faz uma grande diferença no ecommerce, setor com preços tão competitivos.
A Folha visitou o CD (centro de distribuição) do Mercado Livre e mostra aqui como acontece uma entrega ultrarrápida, desde o momento que o pedido entra no sistema até quando ele é armazenado junto a outros em contêineres, alocados dentro de um caminhão baú, que sairá para fazer a entrega.
Em números: para fazer toda essa máquina funcionar, a maior varejista da América Latina tem só nesse CD, em Cajamar (SP), 3.000 funcionários que se revezam. Há ainda outros 11 unidades como essa no país, que armazenam e gerenciam o estoque dos lojistas virtuais (sellers).
Na dianteira: apesar do investimento e de possuir o maior CD da América Latina, quem lidera a corrida de entregas no mesmo dia é a Americanas, que oferece a opção para 900 cidades, seguida pelo Magazine Luiza (150 municípios).
- A empresa nascida na Argentina presta esse serviço para 100 cidades no Brasil.
- As varejistas com lojas físicas levam vantagem porque usam essas unidades como polos logísticos para a entrega “last mile”, a última etapa antes do produto chegar às casas.
- Por serem bem localizadas, elas também servem como ponto de coleta para os consumidores e podem ser usados para separar e despachar produtos dos sellers.
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